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sábado, 4 de janeiro de 2014

Nó político pode impor derrota complexa ao grupo comandado por José Sarney

Nó político pode impor derrota complexa ao grupo comandado por José Sarney

04 de janeiro de 2014    |    às 8:00 am    |    Postado por:     |    
luis fernando de ternoDesatando nós – Um complexo enxadrismo político no Maranhão tem tirado o sono da “famiglia” Sarney e seus seguidores, todos responsáveis por transformar a terra do arroz de cuxá no mais miserável estado brasileiro, onde, com a covardia do senador José Sarney, reina uma versão verde-loura do regime do Apartheid.
Atual governadora do Maranhão, Roseana Sarney vive um dilema político sem precedentes. Não bastasse a crise que se alastrou pelos presídios do estado, com direito a uma onda de barbáries e assassinatos, a filha do caudilho agora está às voltas com a sua sucessão, pois o candidato oficial, Luis Fernando Silva, parece não decolar, nem mesmo com a ajuda dos veículos de comunicação de propriedade da “famiglia”.
Secretário de Infraestrutura em um estado onde a infraestrutura se divide entre o pífio e o caótico, Luís Fernando foi incensado durante reunião política comandada por José Sarney e com a presença de todos os seus obedientes aliados. Roseana, que sonha em voltar ao Senado Federal, não tem certeza se deixará o Palácio dos Leões em abril próximo, cumprindo o que determina a legislação. Isso porque sem a sua presença à frente do Executivo maranhense a possibilidade de derrota de Luís Fernando cresce ainda mais.
No caso de Roseana cumprir o mandato de governadora até o final, a “famiglia” Sarney ficará, a partir de 2015, sem nenhum representante no Senado Federal, pois o pai já anunciou sua aposentadoria da política, algo para se duvidar.
A saída para Roseana e também para o grupo de José Sarney seria uma virada de mesa, na tentativa de derrotar Flávio Dino, atual presidente da Embratur e candidato do PCdoB ao governo do Maranhão. E as chances de Dino crescem a cada dia, principalmente porque está cada vez forte a frente de oposição. A reviravolta seria Roseana Sarney renunciar ao mandato para concorrer ao Senado, mas antes seria necessário escolher outro candidato para participar da disputa pelo governo estadual. O nome mais ventilado nos bastidores é o do senador licenciado e atual ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também do PMDB, que tem mais cacife político do que Luís Fernando Silva. Sem contar o dinheiro para a campanha.
Acontece que se Roseana deixar o governo, a Assembleia Legislativa maranhense terá de promover uma eleição indireta para escolher um novo governador, uma vez que o vice, o petista Washington Luiz, já renunciou ao cargo para ficar à beira do caminho que leva ao Tribunal de Contas do Estado. Até porque, o clã precisa cada vez mais de aliados no TCE para aprovar as contas de um desgoverno vergonhoso e desastroso. Se não for guindado ao Tribunal de Contas, Washington lavaria as mãos e ficaria livre para acompanhar o seu partido, o PT, no apoio a Flávio Dino.
Acontece que uma eleição indireta no Maranhão pode ter o efeito surpresa. Ex-governador, José Reinaldo Tavares é um nome que vem ganhando força para uma eventual vacância do principal gabinete do Palácio dos Leões. Ex-aliado da “famiglia” Sarney, José Reinaldo tornou-se um adversário figadal do grupo.
No contraponto, deixar Luís Fernando Silva a pé no meio do processo eleitoral pode se transformar em tiro pela culatra. A opção seria lançar Silva como candidato ao governo tampão, já que a “famiglia” Sarney controla de certa forma o Legislativo maranhense.

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